
História de Irajá


Irajá é um bairro de classe média da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil. É cortado pela Avenida Brasil. É um bairro de porte médio, com quase 100 000 habitantes. Faz limite com os bairros de Brás de Pina, Vila da Penha,Vicente de Carvalho, Vaz Lobo, Turiaçu, Rocha Miranda, Colégio,Coelho Neto, Acari, Pavuna, Jardim América, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cordovil e Vista Alegre.4 Seu índice de desenvolvimento humano, no ano 2000, era de 0,798, o 95º melhor da cidade do Rio de Janeiro.
O significado da palavra irajá, segundo Teodoro Fernandes Sampaio, é "o mel brota". A etimologia proposta por Eduardo de Almeida Navarro é semelhante: "que está repleto de mel", através da junção de eíra (mel) e îá (totalidade, repleção).6 A região de Irajá, como quase todo o território do atual município do Rio de Janeiro, era habitada pelos índios tupinambás. Existe um registro histórico de uma aldeia tupinambá na Zona Norte do Rio de Janeiro com o nome "Irajá". Teodoro Fernandes Sampaio se referiu ao vocábulo irajá e à abelha maduriá tendo, como base, a etimologia do nome de uma localidade homônima no sul do Brasil.
Irajá não é o nome original da região. A região entre os deságues dos rios atualmente chamados Irajá e Meriti era chamada, pelos nativos, de Mby-ry-ty, que permanece hoje como Meriti num rio, numa cidade e numa avenida da região. O nome Irajá (ira-ia-já), "Lugar que dá (faz) mel", teve origem com os índios que ali foram empregados no trabalho dos engenhos de açúcar, que, desconhecendo o produto, atribuíam ser semelhante a mel por ser coisa doce. Os primeiros colonos de origem portuguesa da região, como na antiga cidade de São Paulo, no seu coloquial usavam a língua geral compilada pelos jesuítas, motivo pelo qual o nome tornou-se usual.
Até o século 16, a região era ocupada pelos índios tupinambás. Nesse século, houve a conquista portuguesa da região e a sua divisão em sesmarias. O bairro teve origem na maior sesmaria do Rio de Janeiro, que ia de Benfica, passando por Anchieta, até Campo Grande. Ela foi recebida por Antônio de França em 1568, que, nela, fundou o engenho de Nossa Senhora da Ajuda. Um dos primeiros proprietários de terra da região foi o reverendo Antônio Martins Loureiro, fundador da igreja da Candelária. Ele as recebeu em 2 de abril de 1613. Por sua vez, Gaspar da Costa, em 1613, foi responsável pela construção da capela barroca de Irajá.
O filho de Gaspar, em 30 de dezembro de 1644, instituiu a paróquia Nossa Senhora da Apresentação de Irajá e, posteriormente, foi seu primeiro vigário. A paróquia veio a se tornar a igreja Matriz do bairro, confirmada por alvará de dom João IV em 10 de fevereiro de 1647. Em 1625, o chamado campo de Irajá foi devidamente reconhecido como pertencente à câmara municipal.
Durante o século XVII, Irajá foi um centro de abastecimento importante de alimentos e de material de construção. O que pode ser considerado como tradição do mercado local por ele ter abrigado, por vários anos, a fábrica de cimento branco Irajazinho e a Central de Abastecimento do Rio de Janeiro, importante ponto de venda de gêneros alimentícios. Em 1775, havia treze engenhos na região, todos com mão de obra escrava. Como outras sesmarias, a de Irajá foi desmembrada, moldando o mapa da cidade que hoje conhecemos. Atualmente, o bairro é, essencialmente, um bairro residencial. As famílias tradicionais do Irajá são: Bral, Campos, Gamas, Borges, Matos, Tavares e Esteves
· 1613 – Construída a capela de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá;
· 1644 – Criada a freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá (padre Antonio de Marins Loureiro);
· 1647 – Padre Gaspar da Costa foi indicado como o primeiro vigário da freguesia;
· 1883 – Inauguração da estação de Irajá da estrada de ferro Rio d'Ouro;
· 1895 – Fundado o cemitério municipal de Irajá;
· 1911 – Inaugurada a linha de bonde, puxado a burros, Madureira-Irajá;
· 1912 – Fundado o Irajá Atlético Clube;
· 1924 – Início do loteamento dos terrenos da Sociedade Condomínio Irajá
· 1926 – Desmembramento de Realengo e Madureira do distrito municipal de Irajá;
· 1928 – fundada, em 13 de maio de 1928, a igreja Metodista de Irajá (primeira igreja protestante do bairro);
· 1934 - Fundação da Primeira Igreja Batista de Irajá;
· 1936 – Inaugurada a escola municipal Mato Grosso;
· 1941 – Inaugurado o Cine Irajá;
· 1962 – Criada a XIV Região Administrativa;
· 1967 – Fundado o Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Boêmios de Irajá;
· 1993 – Fundação da Academia Irajaense de Letras e Artes
· 1998 – Inaugurada a atual estação Irajá do Metrô;
· 2001 – Fundação do Clube do Del Rey;
· 2003 – Fundação do Irajax Futebol Clube;
· 2010 - Fundação do Moto Grupo Fantasma de Irajá - O espírito que anda;
· 2011 - Inauguração do Via Brasil Shopping.